O domingo começou triste e acabou com muita alegria para a Nação Corinthiana. No mesmo dia em que o mundo sofreu a perda do eterno Sócrates, o Corinthians sagrou-se pentacampeão brasileiro em cima do Palmeiras, com um empate chocho em 0 a 0.
A partida do título foi longe de ser bonita. O time alvinegro estava claramente nervoso na primeira etapa, deixando os palmeirenses controlarem a partida. No segundo tempo, o Corinthians melhorou, mas não conseguiu um gol. Não fez falta; o empate garantiu o título do Campeonato Brasileiro 2011 para o Timão.
No fim do jogo, os jogadores do Palmeiras ainda perderam a cabeça, depois que Jorge Henrique deu o famoso chute no vácuo de Valdívia, e começaram uma briga generalizada no gramado. Ridículo; coisa de mau perdedor que faz exatamente a mesma coisa, mas não aceita quando a firula é contra o próprio time.
Não adiantou eles chutarem e socarem os corinthianos. O título àquela altura já estava quase assegurado, para a felicidade de mais de 30 milhões de loucos pelo Corinthians, entre eles Sócrates, que com certeza comemorou, onde quer que o Doutor esteja.
Aliás, o que não faltou no estádio foram faixas em homenagem a esse gênio nos campos e na vida. Os jogadores do Timão inclusive fizeram um minuto de silêncio com os punhos cerrados e erguidos, gesto típico do Magrão, enquanto os 40 mil maloqueiros sofredores no Pacaembu gritavam em uníssono o nome do ídolo.
Fim de jogo: festa de milhares no estádio, festa de milhões pelo Brasil, festa na favela!
Difícil escolher o momento mais simbólico desta conquista. A goleada histórica sobre o 5ão Paulo? As viradas heróicas contra o Atlético-MG, com direito a gol de Adriano nos minutos finais da partida do segundo turno? Os 2 a 1 sobre o Flamengo, quando o rubronegro ainda era o principal adversário pelo título? O gol improvável de Cachito Ramirez contra o Ceará, no jogo que garantiu a liderança isolada do campeonato? Ou simplesmente o empate sem gols contra o arquirrival na última rodada, garantindo o quinto Brasileirão?
Mais difícil ainda é apontar um nome que se destaque sobre os outros nesse elenco recheado de bons jogadores, embora carente de um grande craque. Ralf, sempre perfeito na marcação? Alex, que demorou a engrenar, mas foi decisivo nos últimos jogos, inclusive marcando gol contra seu ex-time no minuto final (1 a 1 contra o Inter no Beira-Rio)? Talvez o tricampeão nacional Emerson Sheik, que sabe botar fogo num jogo como ninguém.
Poderia ser Liédson, o artilheiro que se sacrificou pelo time durante toda a competição, jogando com dores por todo o corpo. Ou então Willian, que chegou no começo do ano para compor elenco e se mostrou capaz de honrar o manto sagrado dentro de campo.
Paulinho, com suas chegadas de trás e seus tantos gols? Ou Jorge Henrique, que não mostrou um futebol bom como de anos anteriores, mas manteve a mesma raça de sempre e deu show na rodada final contra o Palmeiras?
Poderia ser Tite, que chegou a ter seu cargo ameaçado mais de uma vez e foi brilhantemente bancado por Andrés Sanchez, que confiou no treinador. Mas não. Não dá para apontar um único destaque.
O Corinthians foi campeão porque foi Corinthians por inteiro. Corinthians na raça, na emoção (às vezes até demais), na união do grupo que sempre soube que iria lutar pelo título, e, principalmente, Corinthians na torcida. Torcida única e inigualável. A Fiel Torcida Corinthiana, que sempre incentivou e empurrou o time rumo às vitórias.
Os outros times podem morrer de inveja, pois hoje o Brasil é preto e branco!
Parabéns, Corinthians! Parabéns, Nação Corinthiana!
É penta!!!!!
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