Até agosto. Esse é o prazo dado pelas empresas interessadas no projeto de construção de um estádio do Corinthians para o ConselhoDeliberativo do clube decidir se aceita as propostas. Cartas datadas de 10 de maio já assinalavam com a possibilidade de projetos para erguer uma nova “casa” para o Corinthians, já que a “Fazendinha” não comporta mais a grandeza do time.
O Corinthians tem duas propostas para a construção da arena: o banco Banif planeja parcerias com a construtora Hochtief e auditoria da Price Waterhouse, e oferece R$100 milhões para a aquisição do terreno destinado à obra, além de um Fundo de Investimentos e Participações no valor de R$200 milhões. Linhas de crédito do exterior e venda de cadeiras cativas e camarotes completariam o capital necessário a ser aplicado (cerca de R$450 milhões).
A outra proposta é do banco Bradesco, que não fala em valores exatos, mas cita o desejo da empresa em explorar os “naming rights” do estádio (o nome do estádio) por dez anos. O banco ainda oferece linhas de créditos aos detentores de cadeiras cativas, o que estimularia a compra delas.
Em ambas as ofertas, o local para a construção do estádio é a Avenida Educador Paulo Freire, perto da divisa entre São Paulo e Guarulhos e distante apenas 1800 metros do Parque São Jorge. Outra possibilidade, mais remota, é utilizar o terreno do Centro de Treinamento das categotrias de base do clube, em Itaquera.
Entretanto, a primeira reunião do Conselho Deliberativo sobre o assunto acabou em bate-boca entre os conselheiros a favor da assinatura do contratato com o Banif e os contra (entre esses últimos, Luís Paulo Rosenberg,vice-presidente de marketing).
Surgem boatos de que esse estádio poderia sediar a abertura da Copa de 2014, no Brasil. Isso porque o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, é desafeto e inimigo político do presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio. O estádio tricolor, sede paulista da Copa, vem sofrendo fortes críticas da FIFA, o que abre a possibilidade de uma nova sede na cidade de São Paulo.
É aí que entra o Corinthians, com dois projetos para a construção de um moderno estádio que abrigaria 56 mil pessoas (um problema é que a FIFA exige, no mínimo, 65 mil lugares para a abertura do evento) e um presidente amigo e aliado do “manda-chuva” da CBF (tanto que Andres Sanchez foi vice na chapa de Kléber Leite, candidato apoiado por Ricardo Teixeira, na eleição do Clube dos 13, e foi nomeado chefe da delegação brasileira na Copa do Mundo de 2010).
O Ministro dos Esportes do Brasil, Orlando Silva Jr., diz que a sede da capital paulista será invariavelmente o Morumbi. Mas esse é o mesmo ministro que prometeu que o Engenhão e o Complexo Aquático Maria Lenk continuariam sendo usados com frequência depois do Pan-2007, embora hoje, principalmente o segundo, sejam grandes “elefantes-brancos”.
A Fiel Torcida aguarda ansiosamente a resolução do caso, definido pelo presidente do Banif como “a maior oportunidade do Corinthians ter seu estádio”.
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