Em minha última postagem nesse blog, noticiei que Muricy seria o novo treinador da seleção brasileira e que só faltava falar com o Fluminense, como o próprio técnico disse.
Pois é. Faltava mesmo falar com o Fluminense. O presidente do clube, Roberto Horcades, não liberou Muricy para trabalhar na seleção e o treinador resolveu recusar o convite da CBF para dar exemplo aos filhos de que se deve honrar os compromissos assumidos, no caso, com o Fluminense.
“Se o Flu não me liberar, o papo vai ser encerrado. Eu tenho que dar exemplo para os meus filhos. O Fluminense me buscou em São Paulo e eu não posso deixá-lo na mão. Se o Flu não liberar, eu não vou”, disse à ESPN.
E agora, Ricardo Teixeira?
Não é do feitio do cartola que comanda o futebol nacional se curvar às exigências de seus adversários (talvez até por isso ele esteja há 21 anos no comando da CBF). Mas, após sofrer um golpe vexatorio como o de um clube (que, teoricamente, está sob sua área de atuação, isto é, o futebol brasileiro) impedir um treinador de assumir a seleção, o que fará Ricardo Teixeira?
Será que ele vai insistir em Muricy e até pagar a multa de rescisão de contrato ao Fluminense, só para mostrar que quem manda no futebol do país é ele e que o presidente da CBF sempre tem o que quer?
Ou será que ele vai desistir de Muricy, fingir que não se importa se o treinador não for o comandante da seleção, só para se fazer de poderoso no melhor estilo "se você não quer, tem quem queira"?
Ambas as opções podem apenas piorar a imagem de Teixeira. Imagine o mico político se a CBF se dispuser a pagar a multa rescisória, mas Muricy recusar definitivamente o convite, como confia a diretoria do Fluminense. Ou se Teixeira convidar outro treinador para a seleção e esse novo nome não corresponder às expectativas, enquanto Muricy faz um excelente trabalho no time carioca. Com certeza, isso exporia o que a CBF perdeu por não insistir em Muricy, o que também não seria nada bom para a reputação do chefão do futebol brasileiro, que planeja assumir a presidência da Fifa após a Copa de 2014.
Há ainda outra pergunta pertinente: quem comandará a seleção agora que o Fluminense não liberou Muricy?
Antes dessa sexta-feira, o nome mais cotado para o cargo era o de Mano Menezes, portanto é de se esperar que ele surja novamente entre as opções da CBF. Resta esperar para ver qual será a atitute tomada pela entidade máxima do nosso futebol.
Se Mano for para a seleção, o Corinthians perderá um ótimo treinador, mas não devemos ficar nos lamentando, afinal, ele merece esse cargo.
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