Jogo ruim e empate merecido

O Corinthians enfrentou ontem de noite o Bragantino, em Bragança, pela segunda rodada do Paulista, e não conseguiu passar pelo time da casa. Sem Ronaldo, poupado, o Timão não jogou bem e ficou no 1 a 1.

O Bragantino começou o jogo com: Gilvan; Júlio César, Júnior Lopes, Marcos Aurélio e Éder; Luciano Sorriso, Nego, Marcelinho e Everaldo; Rodriguinho e Fabrício Carvalho.

Já Tite escalou o Corinthians numa formação parecida com a do jogo de domingo contra a Portuguesa. Júlio César no gol; Moacir, Chicão, Leandro Castan e Roberto Carlos na defesa; Ralf (centralizado), Paulinho (pela direita) e Jucilei (pela esquerda) formavam o trio de volantes; Bruno César, mais à frente dos volantes, na armação das jogadas; Jorge Henrique e Dentinho no ataque.

O jogo, que começou equilibrado, aos poucos foi sendo dominado pelo Bragantino. O Corinthians não conseguia criar jogadas; Jucilei e Paulinho não se aproximavam de Bruno César, que teve uma partida apagada. Na frente, Dentinho e, principalmente, Jorge Henrique se movimentavam muito, trocando de lado e buscando as jogadas.

Mas o Corinthians não tinha "profundidade". A equipe não passava da intermediárea. Bruno César e os dois atacantes trocavam passes sem conseguir penetrar na defesa adversária, talvez por falta de uma referência ofensiva como Ronaldo.

Do outro lado do campo, sempre que tinha a bola, o Bragantino oferecia perigo, seja com cruzamentos na área ou com lançamentos em profundidade. Foi assim que saiu primeiro gol do jogo, aos 16 minutos do primeiro tempo. Fabrício Carvalho foi buscar a bola no meio de campo, puxando a marcação dos zagueiros, e lançou Júlio César, nas costas de Roberto Carlos. O lateral do Bragantino cruzou rasteiro, Chicão tentou mandar a bola para escanteio, mas acabou marcando contra: 1 a 0.

E em outro lançamento nas costas da zaga, o time da casa fez outro gol, mas o juiz alegou impedimento. Sinceramente, o jogador do Bragantino me pareceu em posição legal; demos sorte.

Após tomar o gol, Tite tentou mexer na forma da equipe jogar. Jucilei e Paulinho trocaram de lados. Roberto Carlos e Moacir passaram a subir mais ao ataque. Deu certo: aos 38 minutos de jogo, Jucilei enfiou para Moacir, que acertou um cruzamento perfeito (milagre!) para Jorge Henrique empatar de cabeça, no meio dos altos zagueiros.

Na segunda etapa, o Timão começou melhor. Tite mandou Jucilei e Paulinho apoiarem mais Bruno César na criação de jogadas. Jorge Henrique e Dentinho continuaram se movimentando bem, dando opções de jogo.

Por duas vezes o goleiro Gilvan salvou o Bragantino. Aos três minutos, ele fez boa defesa em chute de Paulinho. E aos 8 minutos, espalmou para escanteio um lindo voleio de Jucilei. O jeito diferente como o Corinthians jogava no segundo tempo estava funcionando.

Mas, aos poucos, o Bragantino foi equilibrando o jogo e chegou a ficar mais próximo do segundo gol que o Corinthians. Tite tirou Bruno César (que partida ruim) e colocou Danilo, que não fez nada em campo (rezemos para que aquele peruano Ramirez seja melhor). E ainda tirou Jorge Henrique para colocar Edno. A única explicação que encontro para essa segunda alteração é a forma física de Jorge Henrique, que até foi poupado contra a Lusa; porque não faz sentido tirar um atacante quando se precisa do gol. E o Jorge era o melhor corinthiano em campo. Seria melhor ter tirado o Paulinho.

No fim do jogo, Finazzi (aquele mesmo), e Juninho Quixadá, que haviam entrado no segundo tempo, quase marcaram o gol da vitória para o Brgantino. Mas a falta de pontaria do ataque adversário salvou o Corinthians.

Com o empate, o Corinthians chegou a 4 pontos e está em 4º na classificação do Paulista. O próximo jogo será no domingo, dia 23, contra o Noroeste, no Pacaembu, às 17:00 horas.